A nossa opinião é que de facto para
atingir a perfeição é de facto necessário muito treino, no entanto o treino não
é tudo e existem fatores genéticos que podem beneficiar ou limitar á partida o
sujeito em determinada situação.
Se tomarmos por exemplo, um desporto
como o basquetebol, em concreto na NBA onde é jogado ao mais alto nível, em que
segundo as estatísticas a média de alturas ronda os 2.00m e o jogador mais
baixo ronda os 1.75m, mesmo que um indivíduo treine durante estas 10.000 horas,
se a altura dele for de 1.50 podemos dizer que a genética, neste caso a altura
dele, representa uma limitação para atingir a perfeição.
Durante a
nossa pesquisa deparamo-nos sucessivamente com vários autores que criticam a
tese defendida por Gladwell, mas o que mais nos chamou a atenção foi David
Epstein, que em 2013 lançou um livro intitulado "A Genética do Desporto". Nesta
obra Epstein afirma que Gladwell se baseia meramente num estudo estatístico da
média de horas de treino, e é neste ponto que Epstein levanta a questão: "em
média um jogador de xadrez para se tornar um mestre treina em média 11.000 horas,
mas há quem atinga esse nível com apenas 3000 horas de prática". Assim Epstein
afirma que a experiência é necessária e importante, no entanto a genética
determina o tempo necessário para atingir a perfeição.
Gladwell
responde a David Epstein afirmando que ele não percebeu claramente a mensagem: "Ninguém
é bem-sucedido em atividades de alto nível sem um talento inato. O que eu
afirmei em meu livro foi: conquista é talento mais preparo." Esta é exatamente
a nossa opinião em relação ao tema abordado. Concluindo,
todos os seres humanos têm as suas diferenças genéticas e em parte são essas
diferenças que ditam o nosso desempenho nas diferentes atividades. O treino é,
na nossa opinião, uma parte essencial para desenvolver os pontos mais fortes da
nossa estrutura genética, sendo que esta determina as horas de treino
necessárias para que o individuo alcance a perfeição.